O ato de comer e as pessoas com Síndrome de Down
Rev. bras. enferm. vol.62 no.3 Brasília May/June 2009
Andréa Giaretta; Angela da Rosa GhiorziUniversidade Federal de Santa Catarina. Programa de Pós-Graduação em Enfermagem. Florianópolis, SC
A pessoa é um ser de relações que pensa, sente, se emociona e que tem um significado de vida inserido no seu cotidiano. Sua motivação em viver o significado e a relevância de sua vida, faz com que ela tematize o mundo a partir de suas vivências. os pais de crianças com Síndrome de Down buscam compensar seu erro cromossômico através da liberdade irrestrita de suas vontades, onde o ato de comer pode assumir gigantescas proporções de contribuição para o sobrepeso e a obesidade
Crianças e adolescentes com Síndrome de Down que demonstraram um aumento na prevalência de obesidade desde a primeira infância(6). Este dado, somado ao fato de que crianças com Síndrome de Down necessitam de calorias idênticas às crianças que não têm a Síndrome, vem reforçar a importância do acompanhamento nutricional desde a tenra idade nesta população, para prevenir o aparecimento do sobrepeso e da obesidade
Existe a influência do contexto externo, social, no contexto interno da família e, mais especificamente de cada membro familiar. A independência das pessoas com Síndrome de Down nas suas escolhas alimentares, bem como no preparo dos alimentos, é possível e viável desde que essas pessoas saibam o que querem e como podem fazê-lo, além de serem compreendidas, respeitadas, acreditadas e estimuladas
O ato de comer é um ato construído socialmente e deve ser visto e entendido a partir dos vários olhares das áreas do sabe. A família é fundamental dentro do papel de educação nutricional, porque é ela quem transmite para seus filhos o primeiro significado do ato de comer, a partir de sua construção social.
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